quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Uma verdadeira Infantilidade. Uma inconsciência.


Há dias uma pessoa que fora mãe recentemente explicou como ela e o marido decidiram ter o filho. Ora então foi assim: «Não tenho, nem nunca tive instintos maternais, nem vontade de ter filhos, o A. Também não. E se estivéssemos à espera deles, nunca iriamos ter filhos. Levávamos uma vida boa e sem necessidade de mais nada. Mas começamos a pensar se aos 40 anos quereríamos ter a mesma vida, se calhar iriamos começar a sentir-nos aborrecidos com a vida que temos e depois iriamos sentir alguma solidão e como temos trinta e poucos anos então é melhor ter um filho. Não temos qualquer desejo, mas é melhor» E pronto, a decisão de trazer um ser humano a esta vida e por ele ser responsável toda a vida, foi assim tomada! A mim, choca-me imenso! Não estamos a falar de adquirir algo que passado um tempo, caso não nos adaptemos, podemos dar\vender\deitar ao lixo. Eu diria que é o compromisso mais sério que alguém pode assumir na vida e do qual será para todo o sempre responsável para o bem e para o mal.

Ontem soube que essa pessoa \ mãe está com sintomas depressivos. Algumas pessoas estão mesmo a ficar preocupadas e vão mesmo aconselhá-la a procurar ajuda profissional. Não fiquei surpreendida com isto, óbvio. Espero honestamente que a pessoa aceite receber ajuda porque o bébé precisa de uma mãe feliz, equilibrada, emocionalmente estável e preparada psicologicamente para lidar com ele. Surpreendida não fiquei em saber que a recente mãe está com sintomas depressivos, mas continuo (escrevendo sobre isto) em choque com o que ouvi da boca dela há dias. Não nascemos ensinados sobre muitos assuntos, é um facto e este da paternidade\maternidade é um assunto muito complicado e para o qual só a vida e o tempo dão ensinamentos. Mas sobre as nossas vontades e desejos somos conscientes caramba, cada um sabe o que sente e o que não sente. A vida deveria ser comandada em função disso e jamais em função de uma “fórmula matemática”. Jamais em função de 1+1=2. Isto é atroz! O ser humano vai além das fórmulas, da exactidão das coisas, da racionalidade. Nós somos muito mais que isto. Está mais que provado. Mas há pessoas que têm a inteligência emocional muito débil, quiçá quase inexistente!? Sim, porque quem toma uma decisão destas á la mode de um teorema de Pitágoras é emocionalmente limitado, tacanho, enfim…pobre de espírito. Mas ainda bem que existem profissionais que podem ajudar as pessoas neste âmbito. Hajam soluções. Claro que têm é que ser procurados pelas próprias pessoas ou outras muito próximas. Espero que tudo corra bem para esta Família e sobretudo que este bébé tenha oportunidade de crescer com pais emocionalmente equilibrados e felizes!

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